Urbanização e sustentabilidade
Reforma na Residência Estudantil
Guilherme Karakida
Foto: Márcia Carnaval
Com previsão para o início de julho, a reforma na Residência Estudantil promete oferecer um ambiente mais confortável e seguro aos seus atuais 363 moradores. O projeto contou com a participação de três alunos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da UFRJ, residentes na unidade.
Segundo Ivan Ferreira Carmo, responsável pelo projeto da reforma e prefeito da Cidade Universitária, a primeira etapa da obra, de um total de três, vai modificar a vida dos estudantes que moram na Residência Estudantil. “Essa é apenas a primeira etapa de um conjunto de ações para revitalizar e recuperar a Residência Estudantil. Nas outras etapas, criaremos áreas de lazer e de esportes e, claro, condições adequadas para a acessibilidade de pessoas com deficiência física”, afirma.
Na primeira etapa, os telhados, os reservatórios de água e as instalações hidráulicas, sanitárias e elétricas serão substituídos. Além disso, haverá uma reforma dos módulos e das circulações dos pavimentos habitáveis. As paredes divisórias em madeira, por exemplo, serão trocadas por alvenaria e houve a elaboração de um novo layout da área de uso comum, a fim de viabilizar um espaço de convivência mais agradável entre os três ocupantes. Cada novo módulo contará, ainda, com uma área de serviço com tanque e um espaço para refeições rápidas.
No que diz respeito à segurança, questão problemática da Residência Estudantil, a reforma construirá escadas de escape e indicação de rotas de fuga em caso de incêndio e de pânico. A proposta também inclui a possibilidade do uso de eletrodomésticos sem a necessidade de equipamentos a gás engarrafado, que são proibidos.
Em relação à expansão do número de vagas na Residência Estudantil, o prefeito afirma que não ocorrerá, nesta obra específica, uma ampliação delas. Essa demanda, de acordo com ele, seria contemplada com o Plano Diretor, o qual prevê a construção de novas instalações e novos prédios até 2020.
A fiscalização e a execução da obra são de responsabilidade do Escritório Técnico da Universidade (ETU). Contudo, Ivan assegura que a Prefeitura Universitária pode intervir caso julgue necessário. “A comissão de fiscalização da obra é constituída, além do técnico do ETU, por um arquiteto da Prefeitura Universitária e um servidor da Superintendência-Geral de Políticas Estudantis (Superest). Com isso, qualquer eventual dúvida entre projeto, execução e utilização poderá ser previamente superada”, explica.
O início das obras começará pelo bloco feminino que, por nunca ter passado por uma reforma mais detalhada, apresenta naturalmente maior nível de desgaste. A partir do mês de junho apenas o bloco masculino terá moradores, remanejados de maneira mista pelos 252 quartos do local.
Cerca de R$ 10 milhões serão investidos pela UFRJ no projeto, e a obra apresenta um prazo de 20 meses para ser finalizada. Com o fim da reforma, 504 módulos novos serão entregues aos estudantes.