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Consuni adia decisão sobre Ebserh/MEC
Assessoria de Imprensa - Gabinete do Reitor
A deliberação do Conselho Universitário da UFRJ (Consuni) sobre o contrato com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh/MEC), agendada para a última quinta-feira, 9/5, foi reprogramada. A pedido das comissões que avaliam a questão, no âmbito do Consuni, o reitor Carlos Levi acatou proposta para redefinição de calendário, estendendo o prazo para que as comissões produzam o parecer necessário à apreciação da matéria em Plenário.
Além dos conselheiros, a sessão teve ampla audiência de professores, servidores técnico-administrativos, estudantes e representantes de organizações sindicais, e foi marcada pelo debate entre os membros do Consuni e participações externas, aprovadas pelo Conselho – o que resultou no desdobramento da discussão para a próxima sessão.
Além de algumas manifestações sobre a recente demissão do professor Geraldo Nunes, por determinação da Controladoria-Geral da União (CGU), foi a pauta Ebserh/MEC que ocupou a maior parte da reunião.
Enquanto os argumentos contrários à assinatura de contrato entre a UFRJ e a estatal concentraram-se na questão da autonomia universitária, as manifestações a favor reforçaram o quadro crítico dos hospitais da universidade, quanto à disponibilidade de pessoal e recursos para infraestrutura. Alguns conselheiros ponderaram sobre a necessidade de mais informações para deliberar sobre o contrato com a estatal.
A professora Denise Pires de Carvalho afirmou que a adesão à Ebserh/MEC não significaria privatizar os hospitais universitários, como muitos alegam. "Pode não ser a melhor opção, mas não significa uma privatização, porque é uma empresa pública", disse.
A professora Mônica Pereira afirmou que os documentos apresentados pela Ebserh/MEC à UFRJ não foram suficientes para informar o Conselho. Ela afirmou, ainda, que a contratação da estatal pela UFRJ significaria utilização de dinheiro público para fins privados.
Por sua vez, o pró-reitor de Extensão, Pablo Benetti, defendeu que "contratualizar com a Ebserh é garantir um padrão de atendimento que atenda fundamentalmente ao público e que sirva também para as atividades de pesquisa e extensão da universidade". Segundo ele, o estabelecimento do contrato significaria uma oportunidade para a UFRJ aumentar a capacidade de gestão, atendimento e formação dos hospitais universitários.
O decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), Marcelo Corrêa e Castro, afirmou que o centro que ele representa "não quer a Ebserh de jeito nenhum e em hora nenhuma".
"O melhor para a sociedade brasileira neste momento é aderirmos à Ebserh. Vou votar a favor da Ebserh porque acho que é o melhor", disse o professor Nelson Braga, destacando que o modelo de gestão administrativa da estatal, ao celebrar contrato com a UFRJ, poderia ser uma boa saída para os problemas atuais.
Tadeu Alencar, representante dos discentes, destacou a presença de movimentos sindicais na sessão, bem como o posicionamento contrário das organizações e do movimento estudantil contra a Ebserh/MEC.
Entre as intervenções externas aprovadas pelo Plenário, puderam participar o diretor da Faculdade de Medicina, Roberto Medronho, e o diretor do Instituto do Coração Edson Saad, Nelson Souza e Silva.
Medronho afirmou que a decisão dos conselheiros é urgente. "A situação do Hospital Universitário [Clementino Fraga Filho] é dramática. A população pobre não está sendo atendida com dignidade e temos uma grave crise relacionada ao modelo de gestão atual que não se mostrou eficiente até o momento. Há necessidade de modificar esse modelo", sentenciou. De acordo com o diretor, a Congregação da Faculdade de Medicina votou, por maioria, a favor do contrato com a Ebserh/MEC.
De acordo com Nelson Souza e Silva, a solução para melhorar a gestão seria o aumento de recursos para a UFRJ, posicionamento manifestado pelo professor nos debates públicos sobre a Ebserh/MEC. "Nós temos a capacidade de fazer a gestão do nosso hospital, mas precisamos de recursos", afirmou.
Diversos dos 47 conselheiros presentes se manifestaram e apresentaram opiniões sobre o tema. A próxima sessão ordinária será no dia 23/5, às 9h30.
Estão abertas as inscrições para o Enem 2013
Vivianne Tufani
Desde o 13 de maio, os estudantes já podem fazer a inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Enem é obrigatório para aqueles interessados em disputar vagas em mais de 100 instituições federais e estaduais de ensino superior participantes do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
O exame, que será realizado nos dias 26 e 27 de outubro, é composto por quatro provas objetivas com 45 questões de múltipla escolha, além da redação. No primeiro dia acontecem as provas de ciências humanas e ciências da natureza, e no segundo as de linguagens, matemática e redação.
As inscrições vão até o dia 27 de maio e devem ser feitas pelo site do Enem: http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricaoEnem/
Museu virtual incentiva jovens a se prevenirem contra o câncer
Rossana Ribeiro
O museu virtual Acubens, lançado no dia 2 de maio, é um projeto que reúne conteúdos sobre câncer para incentivar a prevenção contra os diversos tipos da doença, especialmente entre os jovens. Desenvolvido pelo Núcleo de Divulgação do Programa de Oncobiologia do Instituto de Bioquímica Médica da (IBqM) da UFRJ, o projeto nasceu do Edital de Difusão e Popularização da Ciência, aberto em 2010, pela Faperj.
“O objetivo é atrair o jovem, de uma maneira lúdica, para uma questão que nem sempre chama a sua atenção, que é a prevenção do câncer. É um grande desafio falar para um público-alvo sobre uma temática que, a princípio, ele acredita que não o afetará, pois é doença de adultos ou idosos” explica a coordenadora do projeto, Claudia Jurberg.
Segundo ela, com os jogos e os vídeos de animação, os jovens passam a discutir o assunto. “Já aplicamos o livro-jogo em escolas públicas e também transmitimos o vídeo Amor em Tempos de HPV; percebemos que eles acabam se interessando por essa discussão quando os materiais são atraentes e divertidos”, afirma.
Jurberg conta que o projeto foi uma forma de reunir produtos desenvolvidos no âmbito do Programa de Oncobiologia, como a trilogia de vídeos de animação já postados no YouTube e o livro-jogo Encruzilhadas.
Mídias sociais
Os conteúdos dos sites são produzidos a partir de projetos aprovados junto à Faperj e Fundação do Câncer, que são instituições financiadoras. “Inicialmente, sempre fazemos uma pesquisa de opinião sobre um determinado assunto com o nosso público-alvo. Diante do resultado, observamos quais são os pontos fracos e como devemos agir para tentar minimizar essa falta de informação”, relata Claudia.
“Tanto as pesquisas como os conteúdos são criados e elaborados pelo Núcleo de Divulgação do Programa de Oncobiologia, com ilustradores da Escola de Belas Artes da UFRJ e colaborações externas, por exemplo, de alunos de design da PUC−Rio”, acrescenta.
A coordenadora do projeto assinala que o principal retorno do projeto tem sido, até agora, nas mídias sociais, especialmente no Facebook, com o lançamento de concursos culturais, temas para debates e posts sobre a pesquisa. “Muitas vezes, temos um engajamento do público bastante interessante para questões polêmicas. Estamos agora no ‘II Concurso Cultural’, que premiará com dois iPods os vencedores desse desafio”, frisa.
A expectativa de Claudia Jurberg com o museu virtual é de aumentar o conhecimento dos adolescentes sobre a importância da prevenção ao câncer. “É na idade jovem que adotamos certos comportamentos que poderão ter repercussão no futuro”, finaliza.
Rede ampla
De acordo com a coordenadora Claudia Jurberg, o Programa de Oncobiologia é uma rede de pesquisa, ensino e extensão sobre a biologia do câncer que reúne cerca de 300 profissionais de instituições cariocas (Inca, Uerj, UFF, Fiocruz, Cefet e outras que se interessem pela temática). No núcleo onde nasceu o museu virtual Acubens, atuam profissionais das áreas de Comunicação, Biomedicina e Microbiologia, além de ilustradores e designs.
Acubens é uma estrela da constelação de câncer que tem o formato de um caranguejo.