Urbanização e sustentabilidade
Parque Tecnológico inicia sua expansão para receber mais empresas
Paulo Hora
Para acompanhar o período de transformações por que passa a cidade do Rio de Janeiro, o Parque Tecnológico da Cidade Universitária entra em fase de crescimento. Construído em 2003, em uma área abandonada na década de 1970, que seria usada para a construção da Ponte Rio-Niterói, o complexo ligado à Incubadora do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe-UFRJ) atua em cooperação com os laboratórios da UFRJ, contando, atualmente, com mais de quarenta empresas inovadoras, onde trabalham cerca de 1000 pessoas. Segundo o diretor do Parque, Maurício Guedes, a expectativa é que, em 2016, o complexo abrigue 5000 trabalhadores em 200 empresas, que, de acordo com Guedes, deverão seguir a premissa básica de se relacionar com a universidade de modo que haja benefícios para ambos os lados.
Dentre as novidades confirmadas para o Parque Tecnológico, está a construção da Torre de Inovação, um espaço que abrigará mais de 100 pequenas empresas. "É importante a convivência entre grandes e pequenas empresas em um mesmo espaço. Mas apenas as grandes têm condições de construir seus prédios, enquanto as pequenas precisam de uma ajuda, e será esse o papel da Torre de Inovação", explica Maurício Guedes. Com previsão de estar pronta em 2016, a Torre terá os últimos detalhes do seu formato definidos nos próximos meses, já estando previstas as instalações de uma área comercial, praça de alimentação, cabeleireiro e um hotel de 200 apartamentos. O custo total do empreendimento está previsto em 186 milhões de reais, sendo que o financiamento será feito pelo BNDES e por concessão à iniciativa privada. Guedes lembra, no entanto, das responsabilidades que as empresas interessadas na concessão deverão assumir com o Parque Tecnológico: "Não é um empreendimento imobiliário qualquer".
As empresas que serão recebidas no Parque Tecnológico serão, principalmente, das áreas de Energia, Ambiente e Tecnologia da Informação, sendo a maioria do ramo petrolífero. No entanto, Maurício Guedes admite que isso não será o suficiente para um sistema sustentável de geração de riqueza e traça como objetivo a diversificação das áreas de atuação das empresas do Parque Tecnológico. "Hoje já temos três grandes empresas da área de petróleo, duas produtoras de tubo de aço, uma de equipamentos submarinos, uma de armazenamento de dados, e muitas outras". Além da Torre, começará a ser construído, já neste ano, o Cubo da Inovação, um espaço de convivência para os trabalhadores das empresas do Parque Tecnológico, onde haverá uma cafeteria. "A ideia é que o Cubo da Inovação seja um Centro Cultural, onde sejam realizadas palestras e pequenos eventos", explica o diretor.